Ser mãe/pai já é uma tarefa e tanto, que demanda afeto, carinho, atenção, investimento. E então, quando se trata de uma criança com algum tipo de dificuldade em seu processo de desenvolvimento, essa tarefa geralmente é muito maior.
Nós, profissionais da área da saúde que trabalhamos com terapia, consideramos dois aspectos muito importantes no trabalho com os pais. O primeiro deles é, sem dúvidas, o pedido de ajuda que eles nos trazem, tanto com as dificuldades do filho, quanto a si mesmos. Esse pedido deve ser acolhido por nós, pois os pais são a sustentação de todo o processo terapêutico. Afinal, a criança chega até nós pela via dos pais, e é trazida para os atendimentos por eles, ou por aqueles que assumem a responsabilidade desse papel.
O segundo aspecto, que não se distancia do primeiro, é o comprometimento com o processo terapêutico do filho. Você já se perguntou – ou perguntou ao terapeuta – o que seu filho faz dentro da sala de terapia?
É claro que, como disse, todo sofrimento – dos pais e da criança – são e devem ser acolhidos pela equipe. Nós, enquanto profissionais, estamos aqui justamente para ajudar a lidar com os obstáculos que competem a nossa especificidade profissional. Porém, estar ao lado do terapeuta é sem dúvida fundamental.
Então, se tenho uma sugestão a dar aos pais, independente do tipo de comprometimento de seu filho, é: dê a mão à equipe terapêutica! Pergunte, questione, traga seus anseios e participe junto ao seu filho. Ainda que, muitas das vezes, esse seja um processo árduo e difícil, nossa função é poder escutar e trabalhar nisso junto a você para um processo terapêutico significativo.