Já há algum tempo as pessoas com deficiência tem registrado números cada vez melhores na inclusão no mercado de trabalho, no entanto, o mercado de consumo no ainda é em grande parte inacessível para as pessoas com deficiência. Um simples corte de cabelo pode se transformar em uma grande aventura para as pessoas cadeirantes, por exemplo. Como nos relata a Deputada Federal Mara Gabrilli em recente artigo publicado no jornal Estadão.
Mas não é apenas o comércio hodierno, mas também o emergente e-comerce, tem se mostrado uma modalidade de consumo traz dificuldades de acesso as pessoas com deficiência. Segundo o movimento Web para Todos e do Consócio W3C, tem uma acessibilidade restrita para esse público.
O estudo mostrou que 28% das pessoas com deficiência que testaram as plataformas de e-comerce não conseguiram concluir a compra por dificuldade em alguma das etapas do processo. Já entre as pessoas que concluíram a compra, 67% não conseguiu fazer o cancelamento e 30% nem conseguiu avançar para esta etapa.
Nos canais de compra da TV, também são muitas vezes inacessíveis, pois o número de telefone para compra está disponível apenas por escrito, inacessível ao consumidor com deficiência visual, por exemplo.
Esses dados mostram que hoje, além da luta por direito de acessibilidade nos espaços públicos, transporte, hospedagens e tecnologia acessíveis, a pessoa com deficiência tem também assumindo a luta pelo direito de poder consumir conforme sua própria escolha, o que inclui ter acesso em igualdade com as demais pessoas as diferentes formas de consumo e produtos.
Para além das Leis que obrigam esse tipo de acesso é necessário abrir o diálogo com o empresariado, convencendo-os de que investir em acessibilidade é um caminho para expansão de seus negócios e que com uma sociedade mais inclusiva todos tendem a ganhar.