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Jovens criam aplicativo para promover socialização entre pessoas com e sem deficiência

MSWI

28/02/2018

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Pergunte a alguém qual foi a melhor época de sua vida e, provavelmente, a resposta da maioria será a juventude. Nessa fase, em tese, a vida social se intensifica, e o jovem passa a aproveitar mais os espaços públicos e o convívio com os amigos, ou ao menos deveria. Isso, no entanto, não era o que acontecia com Daliana Medeiros, que teve uma paralisia cerebral que afetou sua mobilidade. Insegura para sair de casa e envergonhada demais para fazer novas amizades, ela notou que estava, em parte, alheia a esse processo, assim como outras pessoas com deficiência. Essa percepção surgiu em conversas com amigos do Instituto Noisinho da Silva — que desenvolve produtos inclusivos—, em Belo Horizonte, e levou à necessidade de buscar uma solução. 

— Começamos a analisar que muitos jovens, principalmente com deficiência, tinham dificuldade de socializar e sair de casa. Em geral, nessa idade a pessoa sai e curte com os amigos, e a gente não estava fazendo isso. Então pensamos em criar um aplicativo para que todos tivessem companhia para ir a um bar ou ao cinema — conta Daliana. 

A plataforma, que ainda está em desenvolvimento e deve ter a versão beta, para testes, lançada no primeiro semestre deste ano, pretende promover o encontro de pessoas com e sem deficiência. O nome da ferramenta ainda não foi divulgado pelo grupo, mas, além de promover os encontros, o app terá sinalização de estabelecimentos com estruturas acessíveis, que receberão uma espécie de selo de qualidade. 

— É um aplicativo que mapeia os interesses das pessoas e tem ferramentas para começar uma conversa. A ideia é que pessoas que não se conheceriam comecem a se conectar, numa rede de parceiros estratégicos para fazer com que os jovens saiam de casa — explica Dante Nolasco, que não tem nenhum tipo de deficiência e faz parte do grupo criador do aplicativo.

Os amigos dizem que o sistema se diferencia das redes sociais por incentivar os jovens a sair do ambiente virtual e ir para a rua. Nesse sentido, a ideia é que os usuários do aplicativo sejam beneficiados com promoções dos cinemas, restaurantes e museus parceiros. 

— Tudo começa conosco. A gente se propõe a viver essas experiências, o grupo vai para rua e experimenta ir ao bar para ver que dificuldades encontra. Filmamos tudo e deixamos documentado para mostrar que é possível — defende Daliana.

Nessa fase de desenvolvimento do aplicativo, o grupo de cinco amigos se reúne regularmente, pelo menos uma vez por semana, e sai junto. Nesses passeios, eles abordam outras pessoas e falam sobre a plataforma para saber impressões do produto e aprimorá-lo. Os que manifestam interesse já são incluídos como possíveis voluntários para testar o app quando a versão beta estiver pronta.

— Entrei no projeto com um quadro leve de depressão, não saía muito, então me sinto desenvolvedor e público-alvo ao mesmo tempo. Queremos mostrar que as pessoas com deficiência existem socialmente. Essa dificuldade de socializar é algo que vemos recorrentemente— afirma Paulo Madrid, que também tem mobilidade reduzida, antes de sair para ir ao bar com Dante, Daliana, Nina Foureaux e Sophia Foureaux, todos idealizadores do projeto.

Produtos para o cotidiano

O aplicativo não é o único projeto desenvolvido pelo Instituto Noisinho para facilitar o cotidiano de pessoas com deficiência. Nina e Sophia, por exemplo, conhecem Paulo desde a infância por causa da criação de um outro produto. Elas são filhas de Erika Foureaux, fundadora da instituição e criadora de uma linha de artigos inclusivos. A equipe do Noisinho da Silva realiza pesquisas para confeccionar novos objetos para esse público, levando em consideração não só a usabilidade, mas também a estética. Um deles é a Carteira Escolar Inclusiva (CEI), adequada tanto para o uso de uma criança com deficiência quanto para um aluno que não tenha nenhuma dificuldade motora. Até ser produzida e comercializada, a carteira foi concebida a partir da observação de alunos em 23 escolas, e Paulo Madrid foi um dos meninos que participaram da experiência na época. Hoje, a CEI é comercializada sob encomenda, por R$ 4.300.

Certeira Inclusiva desenvolvida pelo Instituto Noisinho da Silva
Certeira Inclusiva desenvolvida pelo Instituto Noisinho da Silva | Divulgação
— Queremos melhorar a qualidade de vida e a performance desses usuários no cotidiano. Os produtos feitos para pessoas com deficiência têm, em geral, a prioridade de serem funcionais. Por isso, são normalmente feios. É diferente de fazer um produto tecnológico e inovador, que aplica desde o começo um processo de design e que tem um valor humanista — argumenta Erika, que despertou para a causa devido à deficiência de sua filha Sophia, quando a menina, que hoje tem 22 anos, era ainda uma criança de 8.

A partir de sua experiência como mãe e da observação de outras 347 famílias de baixa renda, a designer elaborou também a Ciranda, uma cadeirinha para chão que atende a faixa de 1 a 6 anos. O objeto permite que crianças com deficiência consigam brincar com as outras de maneira autônoma, potencializando a socialização e auxiliando no desenvolvimento de competências importantes também para a parte cognitiva. Como o produto tem um valor alto (R$ 950), Erika criou a Oficina da ciranda para ensinar os pais a confeccionarem o produto a partir de outros materiais mais baratos, como MDF. A oficina já beneficiou 4 mil pessoas.

— Sophia tinha 8 anos quando comecei a fazer o produto, ela não usou, mas sempre foi uma grande fonte de inspiração. Uma vez ela me disse: Imagine se eu tivesse tido uma ciranda, seria muito mais fácil. Nos primeiros anos, as crianças brincam muito no chão, aquelas que têm alguma deficiência também precisam dessa vivência para chegar aos 6 anos tendo brincado tanto quanto as outras e, consequentemente, desenvolvido mais condições de de aprendizado. O Globo

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